Top 10 - Lançamentos 2015 por Eduardo Soriano
Pois é, o final de 2015 e início de 2016 não foi nada fácil o que ocasionou o atraso do meu top 10 de melhores lançamentos do ano. Porém, finalmente consegui me organizar para terminar essa bagaça, então vamos começar:
Alguns lançamentos que merecem destaque:
An Autumn for Crippled Children – The Long Goodbye
Lustre - Blossom
Slugdge – Dim and Slimeridden Kingdoms
Mgla – Exercises in Futility
Between the Buried and Me – Coma Eliptic
Tribulation – The Children of the Night
10 - High On Fire -
Luminiferous
Começo o top 10
com Luminiferous, dos californianos do High on Fire. Pesado, direto,
dinâmico, com ótimos riffs que vão do Thrash ao Sludge, passando por
influências de Doom e Stoner. O vocal
ríspido de Matt Pike contribui para o peso e a sonoridade do álbum.
O tamanho
de algumas faixas, que vão de 6 a 7 minutos, pode acabar deixando o álbum um
pouco cansativo, porém nada que prejudique sua qualidade.
9 - Leviathan - Scar Sighted
Assustador,pesado, depressivo, sufocante, são esses os adjetivos que encontro para definir o som da one-man-band Leviathan de Jef Whitehead em Scar Sighted. Misturando Sludge e Black Metal, vocais que
vão desde guturais graves até gritos desesperados, blast beats e com elementos
de gêneros como Death, Doom, Drone e Ambient fazem com que ouvir esse álbum
pareça uma viagem dentro de uma mente psicótica e perturbada.
O Blackgaze, que surgiu com um
gênero inovador marcando o surgimento de excelentes bandas como Alcest e
Amesoeurs, tornou-se bastante popular após o lançamento do álbum Sunbather,
do Deafheaven em 2013, lançando o estilo ao Mainstream, onde começaram
diversas críticas ao estilo, tanto por ser “untrve” quanto por estar saturado.
Pois é, não ouvi o novo álbum da badalada Deafheaven,
mas compensei ouvindo Moonlover, lançamento da banda Ghost
Bath. Ouvindo o disco, as comparações entre as duas bandas acabam
inevitáveis, porém, GB se destaca pela bela execução de suas faixas, desde as
passagens mais “limpas”, como introduções em guitarras acústicas e solos de
piano, passando para todo o caos do Blackgaze, sendo a canção Happyhouse
o principal exemplo do som ríspido e distorcido acompanhado de vocais gritados
e claramente desesperados.
Highlights: Golden Number, Happyhouse, The Silver Flower Pt. 2
The
History Of Death & Burial Rituals Part I surgiu com uma
ideia simplesmente genial: contar a história de como diferentes culturas tratam
com a questão da morte, contando desde os rituais de sacrifício do antigo
México até as Torres do Silêncio dos adeptos do zoroastrismo, na Índia.
A execução do álbum é um show à parte.
Caótico, rápido, pesado, como um bom Black/Death deve ser, as faixas ainda
contam com a bem vinda adição de um órgão, peça importante na aclimatação de uma
trilha sonora sombria, de alguém que está adentrando pelos portões do inferno.
A ideia de banda é fazer uma série de álbuns
com essa premissa, e podemos dizer que a Parte I foi um “episódio piloto”
fenomenal.
Já falei desse
lançamento aqui no blog, onde enfatizei a volta por cima da banda, e
principalmente do vocalista Randy Blythe, preso na República Tcheca após será
acusado pela morte de um fã, empurrado do palco pelo músico. Preso em Praga,
escreveu boa parte das letras do álbum.
Em VII: Sturm und Drang, a banda demonstra
estar mais madura e buscando inovar no seu som, oscilando entre as faixas
porradaria à lá Lamb of God e outras
faixas mais bem trabalhadas. O ponto alto ficou com Randy dando uma pausa nos
berros para “cantar” na baita canção Overlord.
Após dois lançamentos que nadavam em
mares de Crossover/Hardcore, Black Breath resolveu se aventurar e
mergulhar mais fundo nas profundezas do Death
Metal, bebendo da fonte de bandas como Dismember
para aperfeiçoar o seu som. O
que esperar disso? Simplesmente um dos álbuns mais pesados e brutais do ano.
Highlights: Slaves Beyond Death e Seed of Cain
Os reis do Gothic/Doom Metal também nos
presentearem com um baita álbum em 2015. Em The Plague Within a banda
impressiona mais uma vez com ótima qualidade lírica, riffs pesados e arrastados
de Doom/Death e trechos melódicos com
teclados e violinos, tudo unido ao espetacular vocal de Nick Holmes mostram porque a banda
merece a alcunha de reis do gênero.
Highlights: No Hope in Sight, Eternity of Lies e Beneath Broken Earth
Panopticon é uma one-man-band que mistura Atmospheric Black Metal com influências de musica Folk e já lançou álbuns como o interessantíssimo Kentucky, que fala sobre os mineiros da região. Com guitarras acústicas e um lindo tom de guitarra, uma bateria sensacional e poderosa e uma atmosfera fria e melancólica, além de incorporar elementos de
Folk, ou Bluegrass, típicos de sua região em suas canções, o álbum cria uma ótima
trilha sonora para caminhar pelos campos do interior dos EUA enquanto cultua
Lord Satan.
Highlights: Oaks Ablaze, Pale Ghosts.
Myrkur é um “one-woman
Black Metal band”, projeto da cantora de pop music dinamarquesa Amalie Bruun.
Sim, isso mesmo que você leu.
Pegando onda na nova era de “Hipster
Black Metal”, a cantora lança o seu primeiro álbum M, produzido por ninguém mais ninguém menos que Kristoffer Rygg, do Ulver. Ok, pode não
parecer muito original e não agradar os fãs mais trues e xiitas de BM, mas o lançamento
ficou muito bem feito. O álbum passa de músicas com guitarras de Atmospheric
Black-Metal (com forte influência da banda de Rygg) até riffs no estilo de Black Metal de bandas como Venom.
A voz de Amalie adiciona mais emoção a musica, desde berros até um vocal
lírico e suave que casa muito bem com toda a atmosfera das canções.
Baroness é outra banda que deu a volta
por cima. Após lançar o ótimo Yellow
& Green, em 2012, a banda sofreu um acidente com seu ônibus na
Inglaterra. Nove pessoas ficaram feridas, entre elas o vocalista/guitarrista
John Baizley, que quebrou um braço e uma perna, causando uma pausa nas
atividades da banda. Durante essa pausa, o baixista Matt Maggioni e o baterista
Allen Bickle deixaram a banda.
Apesar
dos perrengues, John e Peter Adams chamaram novos membros e lançaram no final
de 2015 Purple, o 4º álbum de estúdio
do grupo. O lançamento mantém a sonoridade característica do Baroness, marcada
por um Prog-Sludge muito bem trabalhado criando aquele som pesado, psicodélico
e viajante e bastante focado nas linhas vocais, com coros e refrões pegajosos e
cativantes.
Top 10 - Lançamentos 2015 por Eduardo Soriano
Reviewed by VOMITATION
on
21:32
Rating:
Nenhum comentário