Himinbjorg - Wyrd

Heimdall, deus nórdico com o dom da visão e audição super aguçadas, vive em Himinbjörg, uma montanha que surge junto à Bifröst, a ponte arco-íris. Baseado nesse mito, o quarteto francês do Himinbjorg fundou a banda em 1996 e se mantém na ativa até os dias atuais.

Pra quem não lembra, o Heimdall é esse cara aqui. Fonte: Divulgação.

Wyrd é o sétimo disco da carreira dos músicos e tem exatamente 48 minutos de duração, com duas faixas instrumentais e nove músicas ao todo. O álbum começa como um típico disco de Black Metal, mas a terceira faixa, The World Of Men Without Virtue - The Circle Of Disillusion, já mostra sinais de uma progressão maior, com instrumental intrincado e trechos voltados para os instrumentos folclóricos e vocais limpos.

Lançado no começo de março, a obra surpreende pela qualidade do conjunto. A bateria ríspida e a guitarra acelerada flertam de forma magnífica com flautas e instrumentos de percussão marcantes, ambos tocados por convidados especiais. Solos também tem seu espaço, como fica evidente na faixa já citada, uma das mais bonitas do álbum.

The Circle of Warrior, quarta faixa, também é um grande destaque e define bem o Black/Viking Metal executado pelos franceses de forma simples e direta: ambientações, ritmos tribais e um vocal sujo acompanhado de poucos backing vocals graves.

Em um disco recheado de músicas longas, Intro - Call to the Being e Another Shore são interlúdios impecáveis, que mantêm o nível das outras faixas sem a necessidade de uma voz ou de muita progressão. Em compensação, The Mirror Of Suffering - The Circle Of Ghosts mostra que abusar de técnicas progressivas às vezes faz muito bem.


As letras, obviamente, têm base na mitologia nórdica e embates vikings, misturando fatos históricos com as lendas escandinavas de forma pouco comum para uma banda do gênero.

Se a banda tem um ponto fraco, é o vocal, que é típico do metal negro e seria perfeito para vários outras bandas do gênero, porém fica ligeiramente deslocado nesse disco. Apesar da crítica, a técnica e o potencial do vocalista Zahaah são grandes. Além disso, ele mixou e produziu o disco, assim como todo o artwork (que ficou muito, mas muito bom).

Recomendado para fãs de Progressive Black e Black/Folk Metal, Wyrd também vai satisfazer os fãs de Viking e Progressive puros, desde que consigam digerir o vocal de Zahaah.

Antes de encerrar, um detalhe que chamou minha atenção: o logo da banda é muito bonito! A mistura de runas, alfabeto moderno e símbolos pagãos ficou perfeita:


Nota: 9

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Por Alexandre Romansine
Himinbjorg - Wyrd Himinbjorg - Wyrd Reviewed by Alexandre on 09:10 Rating: 5

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