Jazz Metal
Não é mistério que o Metal é um dos estilos mais amplos e abertos a outros estilos (por mais incrível que pareça), sendo misturado com reggae, rap, música orquestrada, country, etc. Um gênero que casou muito bem com o Metal e sua complexidade com certeza foi o Jazz.
Muitas vezes confundidas com bandas de Avant-Garde e Prog, as bandas de Jazz Metal deixam bastante clara a sua influência no estilo com músicas complexas, tempos “estranhos”, diversas mudanças no andamento das músicas, a marcação da bateria, baixo em evidência e até o acréscimo de instrumentos típicos do Jazz como o Saxofone. O estilo é também muito próximo ao Tech Death, já que o som de bandas como Death foram bastante influentes para o estilo.
A banda Conflux define bem a sonoridade do gênero
Nos álbuns seguintes, Unquestionable Presence (1991) e Elements (1993), as influências de Jazz ficaram ainda mais evidentes, contando também com partes acústicas, ritmos latinos e as sempre complexas linhas de baixo e de bateria.
Outra importante banda para o gênero é Cynic. A qualidade dos músicos obviamente ajuda na complexidade das músicas, Paul Masvidal (guitarra-vocal) e Sean Reinert (bateria) gravaram Human do Death e Sean Malone (baixo) e Jason Gobel (guitarra) fizeram parte do Gordian Knot, outro conjunto de prog/jazz rock. A banda lançou o Focus em 1993, um álbum bastante incomum para a época.
A influência no Jazz é bem evidente neste instrumental:
Panzerballett é uma banda que se autodenomina como Jazz Metal, definindo seu som como “uma delicada interposição de bases funkeadas com riffs complexos e brutais acompanhados da improvisação do Jazz aliada ao SKA”. Isso fica evidente em covers de músicas famosas do rock como "Smoke on the Water" e "Thunderstruck" e de trilhas sonoras como o Tema de Abertura de “Os Simpsons” e claro, em composições próprias da banda.
O Jazz está bastante presente nas bandas instrumentais, como Exivious e Conflux, cujas músicas parecem verdadeiras Jazz Jamming Sessions.
No caso do Conflux, a grande sacada está no uso do Saxofone, um dos principais instrumentos do Jazz. E quem diria que tal instrumento poderia casar tão bem com o som sujo do Metal.
Outra banda que se destaca é Cthulhu Rise, dessa vez pelo constante uso de teclados/piano nos arranjos de Jazz misturados ao Metal.
A banda italiana Ephel Duath é marcada por um som caótico e um vocal rasgado unidos à interlúdios acústicos e riffs complexos.
A influência do gênero também está presente em bandas com estilo mais diferente, um grande exemplo é a clássica Meshuggah. Apesar de ser considerada uma banda de Tech Death/Prog/Math, os tempos quebrados, andamentos estranhos e as linhas complexas de bateria possuem forte influência do Jazz.
Outro exemplo de banda que usa e abusa de Death Metal com tempos e andamentos de Jazz é a banda chilena Coprofago.
Temos também o exemplo de Shining, tanto a norueguesa quanto a sueca. A norueguesa possui um som muito mais próximo ao Jazz e ao Avant-Garde.
Já a Shining sueca, uma das mais importantes do Depressive Suicidal Black Metal, também merece destaque pelos arranjos que faz em meio às suas músicas depressivas e melancólicas.
Conhecido por sua complexidade e versatilidade, o Metal com certeza casou muito bem com um dos pais do rock. Para conhecer mais do estilo, aguarde pela coletânea Jazz Metal da SBG no Spotify.
Por - Eduardo Soriano
Jazz Metal
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