Cwill – Trotz Allem (2008)
Crust com violinos: essa combinação
insólita marca o som do Cwill, banda suíça que, reza a lenda, foi criada
em 1992. As informações sobre o grupo na internet são poucas e
provavelmente imprecisas, mas, segundo esse blog, foram os primeiros do estilo a contar com um violinista na formação.
A sujeira marca presença e a gravação
deixa passar vários chiados e distorções – tudo nos trinques para
apreciadores de música podre. O ritmo do álbum é rápido, mas não
frenético: trechos lentos são comuns, especialmente nas passagens com
violino. O auge do disco fica justamente nesses momentos, em que as
guitarras se arrastam para harmonizar com a melodia das cordas. O
contraste entre a calmaria de riffs melódicos e a quebradeira destaca e diferencia a banda.
Há dois vocalistas – ou, pelo menos, dois
guturais bem distintos, um grave e um agudo – que se alternam durante
as canções e afastam qualquer monotonia possível. Também vale a pena
atentar para o baixo. Apesar da ausência de produção, ele está ali, audível, e é responsável por encorpar o barulho todo.
Além de Trotz Allem, que significa “apesar de tudo” em alemão, a banda lançou outros três discos: Nations, de 2002, Beyond Reality, de 1998, e o debut anônimo, de 1994.
Se já foi difícil encontrar informações
sobre a história do grupo, as letras estão ainda mais escondidas.
Incompreensíveis na maior parte do tempo, nem dá pra saber se são
cantadas em inglês, alemão ou sabe se lá o que. Deduzindo pelo título
das músicas, o Cwill parece falar de política e cenários apocalípticos,
temática apropriada ao som que fazem. Por Rodrigo Menegat
Cwill – Trotz Allem (2008)
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