The Killigans – Honor (2010)
A música, como qualquer forma de arte, está intimamente ligada ao
contexto histórico e geográfico em que é produzida. Reflete os
pensamentos e vivências de seus compositores, direta ou indiretamente.
Sendo assim, esse álbum do The Killigans, um grupo formado por seis
integrantes, originários do estado americano do Nebraska, foi moldado de
acordo com a visão de mundo de alguns jovens de classe média, perdidos
no meio de uma crise econômica que atingiu seu auge quando da gravação
do disco.
Já disse muitas vezes que um dos fatores cruciais para que a música
tenha qualidade é a sinceridade. Pode estar sendo muito leviano, já que
não conheço o passado desses caras, nem nada do tipo, mas a impressão
geral que tenho é que eles realmente sabem do que estão falando nas suas
letras. São histórias de pessoas normais, com suas vidas ordinárias e
sonhos, muitas vezes ilusórios. São também, de certa forma, hinos de
resistência e esperança, mas nunca tendendo para a grandiosidade
excessiva, sempre mantendo os pés no chão, despretensiosos.
O feeling, a energia e a garra que permeiam todo o CD, além de reforçarem essa sensação de franqueza lírica, contagiam. Musicalmente, temos um folk punk característico, mas muito bem executado. As faixas geralmente começam com o acordeom e outros instrumentos exóticos em evidência, para depois desembocarem num punk rock bem acessível, mas ainda assim direto e rápido. Ainda que essa seja a fórmula padrão das bandas do gênero, o The Killigans conseguiu se destacar, muito pelo fato de não soar cansativo em momento algum. O segredo disso é a dosagem ideal das influências folclóricas, western e até mesmo do ska.
É impossível não dar um veredito positivo sobre esse trabalho. Não é nada de outro mundo, nada que vá mudar conceitos nem nada assim. É só uma banda que atinge plenamente seu maior objetivo: divertir. E divertir fãs e a si mesmos é a maneira que esses americanos encontraram de encarar essa fase complicada de seu país.
Por Rodrigo Menegat
O feeling, a energia e a garra que permeiam todo o CD, além de reforçarem essa sensação de franqueza lírica, contagiam. Musicalmente, temos um folk punk característico, mas muito bem executado. As faixas geralmente começam com o acordeom e outros instrumentos exóticos em evidência, para depois desembocarem num punk rock bem acessível, mas ainda assim direto e rápido. Ainda que essa seja a fórmula padrão das bandas do gênero, o The Killigans conseguiu se destacar, muito pelo fato de não soar cansativo em momento algum. O segredo disso é a dosagem ideal das influências folclóricas, western e até mesmo do ska.
É impossível não dar um veredito positivo sobre esse trabalho. Não é nada de outro mundo, nada que vá mudar conceitos nem nada assim. É só uma banda que atinge plenamente seu maior objetivo: divertir. E divertir fãs e a si mesmos é a maneira que esses americanos encontraram de encarar essa fase complicada de seu país.
Por Rodrigo Menegat
The Killigans – Honor (2010)
Reviewed by Alexandre
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13:45
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