A maior surpresa da Copa do Mundo de 2014 até agora foi, sem dúvidas, a goleada da Holanda sobre a
Espanha, atual campeã mundial. Implacável, a Laranja Mecânica – que, para o desespero dos tradicionalistas, jogou de azul – enfiou cinco gols no time de Iniesta, Xavi e Casillas.
Para celebrar a primeira surra do Mundial, o Scream Blog Gore recomenda cinco bandas holandesas de metal: uma para cada bola que o time dos Países Baixos colocou dentro da meta da (Fo)Fúria Espanhola.
Os gêneros representados na lista variam de death metal melódico a symphonic metal – uma salada de estilos! Além de aproveitar para cornetear os arrogantes espanhóis, esse breve especial deve servir para quem quiser começar a conhecer o cenário musical holandês, que não deixa nada a desejar em relação a países com tradição mais celebrada no heavy metal.
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Apesar das aparências, o som do Gorefest não é deathcore modernoso. |
Gorefest: Esses caras podem ser apontados como discípulos do
Entombed. Assim como os colegas da famosa banda de
death metal sueca, começaram a carreira com um som bastante ríspido e seco. Conforme os músicos evoluíam tecnicamente e amadureciam, resolveram investir na infalível mistura de blues, rock ‘n roll clássico, distorção e vocais guturais: o
death ‘n roll! O grupo encerrou as atividades em 2009, mas deixou sete álbuns no período. Destaque para
Erase, de 1994, e
Soul Survivor, de 1996!
Ouça!
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Misturando melodic death metal e black metal, o God Dehtroned alcançou destaque na última década |
God Dethroned: Grupo que originalmente começou como
death metal ‘de raiz’, mas passou a mesclar sons blackened e
melódicos nos últimos lançamentos. Considerada uma das bandas mais relevantes da cena de
black/death metal não apenas da Holanda, mas do mundo todo. Lança álbuns sólidos em sequência há pelo menos dez anos. Destaque para
The Toxic Touch (2006), talvez o disco que mais defina a música do God Dethroned: trechos pesados e extremos mesclados com passagens mais melódicas.
Ouça!
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A vocalista do Epica tem voz de cantora de ópera e é considerada uma das mulheres mais lindas do metal |
Epica: Banda de
symphonic metal criada e liderada pelo guitarrista Mark Jansen, conhecido pelos trabalhos anteriores com o
After Forever, outro grupo de metal sinfônico da Holanda. O Epica é famoso tanto pela beleza da vocalista
Simone Simons quanto pelo som pesado, com alternância de vocais
sopranos e guturais, corais, tecladinhos e todos os ‘clichês’ das bandas do gênero. Na discografia, se sobressai
The Divine Conspiracy, de 2007, disco que melhor incorporou o som pesado de metal ao clima gótico e orquestrado.
Ouça!
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Do doom metal ao post-rock, o The Gathering mudou de estilo e formação durante quase duas décadas de carreira |
The Gathering: Começaram fazendo um
doom metal extremamente peculiar, cheio dos teclados e sintetizadores, com o álbum
Always, de 1992. A sonoridade muda radicalmente com a chegada da vocalista
Anneke Van Giesbergen, em 1995. A partir daí, cada vez mais a banda fez incursões ao post-rock,
rock atmosférico e shoegaze. Dessa fase, de destacam o álbum duplo
How To Measure a Planet? (1998) e
Souvenirs (2003). Anneke deixou o grupo em 2007 para se dedicar ao projeto solo Agua de Annique, e quem assumiu o vocal foi a cantora Silge Wergealnd. A mudança não teve tanto impacto na sonoridade do grupo.
Ouça!
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Outra banda que mudou muito, o Within Tempation agora aposta em uma sonoridade mais pop e comercial |
Within Temptation: outra banda de
symphonic metal, também conhecida por mesclar um som pesado ao vocal soprano da belíssima Sharon den Adel. A banda começou com um estilo puxado para o
gothic, flertando até com o doom metal, mas evoluiu para um som mais pop e comercial, com
passagens eletrônicas, sintetizadores e até rap (!?). Ainda distante dessa nova fase,
The Heart of Everything (2007) é considerado o ápice da banda por alguns. O álbum faz o típico gothic/symphonic metal com elementos progressivos. O vocal lírico meio-soprano de Sharon fecha a mistura e constrói um som excelente e nada enjoativo.
Ouça!
por Eduardo Soriano e Rodrigo Menegat
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