Iron Maiden: análise da discografia
Não preciso nem apresentar a banda, né? Se você não é um alien e nem
nasceu ontem, com certeza você sabe bastante coisa sobre a banda
de metal de maior sucesso de todos os tempos.
Para
analisar a discografia dos caras, é preciso ter noção de que o som
deles mudou MUITO da década de 70 pra cá, então eu dei notas de acordo
com a performance da banda ao por em prática suas ideias para cada
álbum, não por gosto pessoal. Gosto muito mais dos álbuns dos anos 80
que desses atuais, mas sei reconhecer que esses últimos trabalhos mais prog
também tem valor.
Enfim, vamos lá:
Nota: 8,5. Ótimo.
A banda tira o pé do acelerador, se distanciando definitivamente do Punk Rock. Ainda assim, mesmo que menos direto que os trabalhos anteriores, é excelente. Quando foi lançado, criou um alvoroço enorme entre os fãs e a mídia especializada. A revista Rolling Stone, para se ter uma idéia, assim que o álbum foi lançado, chegou a classificá-lo como ‘o maior álbum de rock de todos os tempos.’ No lugar de Clive Burr entrou Nicko McBrain, dando origem a formação clássica da banda.
Nota: 8,5. Ótimo.
Enfim, vamos lá:
Os dois primeiros álbuns foram gravados
com o Paul Di’Anno nos vocais. A voz dele combinava perfeitamente com a
pegada punk e crua do Iron Maiden ‘jurássico’.
Iron Maiden (1980)
Poucas bandas lançam um debut tão bom,
com clássicos que são tocados ao vivo até hoje, três décadas depois do
lançamento. Foi o único álbum em que o guitarrista Denis Stratton esteve
com a banda.
Tracklist:
01. Prowler
02. Sanctuary
03. Remember Tomorrow
04. Running Free
05. Phantom Of The Opera
06. Transylvania
07. Strange World
08. Charlotte The Harlot
09. Iron Maiden
02. Sanctuary
03. Remember Tomorrow
04. Running Free
05. Phantom Of The Opera
06. Transylvania
07. Strange World
08. Charlotte The Harlot
09. Iron Maiden
Nota: 8,5. Ótimo.
Killers (1981)
Outro álbum FODAÇO, fez o Iron deixar de
ser uma das grandes promessas da cena inglesa para se afirmar como banda
grande internacionalmente. Fizeram sua prmeira tour internacional, que
passou até pelo Japão. No lugar de Stratton, entrou o lendário Adrian
Smith.
Tracklist:
01. The Ides of March
02. Wrathchild
03. Murders in the Rue Morgue
04. Another Life
05. Genghis Khan
06. Innocent Exile
07. Killers
08. Twilight Zone
09. Prodigal Son
10. Purgatory
11. Drifter
02. Wrathchild
03. Murders in the Rue Morgue
04. Another Life
05. Genghis Khan
06. Innocent Exile
07. Killers
08. Twilight Zone
09. Prodigal Son
10. Purgatory
11. Drifter
Nota: 8,5. Ótimo
Depois desses dois lançamentos, Paul
Di’Anno, que estava tão dependente de álcool e cocaína que mal conseguia
acompanhar o ritmo crescente de apresentações do Iron, foi ‘convidado a
se retirar’ da banda.
O que para muitos grupos foi o começo do
fim, a saída do vocalista, foi o começo de uma ascensão estratosférica
para o Maiden. Para o lugar de Paul, veio um dos maiores frontmans da
história do rock: Bruce Dickinson.
The Number of The Beast (1982)
Fez o Iron se tornar
gigante, muito devido a polêmica capa e faixa título, e foi um dos
grandes responsáveis pela popularização do metal mundo afora nos anos
80. Clássico incontestável. Também foi o último trabalho de Clive Burr
na banda.
Tracklist:
01. Invaders
02. Children Of The Damned
03. The Prisoner
04. 22, Acacia Avenue
05. The Number Of The Beast
06. Run To The Hills
07. Gangland
08. Total Eclipse
09. Hallowed Be Thy Name
02. Children Of The Damned
03. The Prisoner
04. 22, Acacia Avenue
05. The Number Of The Beast
06. Run To The Hills
07. Gangland
08. Total Eclipse
09. Hallowed Be Thy Name
Nota: 9,5. Beira a perfeição.
Piece of Mind (1983)
A banda tira o pé do acelerador, se distanciando definitivamente do Punk Rock. Ainda assim, mesmo que menos direto que os trabalhos anteriores, é excelente. Quando foi lançado, criou um alvoroço enorme entre os fãs e a mídia especializada. A revista Rolling Stone, para se ter uma idéia, assim que o álbum foi lançado, chegou a classificá-lo como ‘o maior álbum de rock de todos os tempos.’ No lugar de Clive Burr entrou Nicko McBrain, dando origem a formação clássica da banda.
Tracklist:
01. Where Eagles Dare
02. Revelations
03. Flight Of Icarus
04. Die With Your Boots On
05. The Trooper
06. Still Life
07. Quest For Fire
08. Sun And Steel
09. To Tame A Land
02. Revelations
03. Flight Of Icarus
04. Die With Your Boots On
05. The Trooper
06. Still Life
07. Quest For Fire
08. Sun And Steel
09. To Tame A Land
Nota: 9,5. Excelente.
A partir daqui, o Iron lançou três álbuns
impecáveis, o trio sagrado da discografia da banda: Powerslave,
Somewhere In Time e Seventh Son of a Seventh Son.
Powerslave (1984)
Na minha opinião e na de muitos, o melhor
álbum de rock/metal já gravado. Heavy Metal puro, de tirar o fôlego, do
começo ao fim. Simplesmente perfeito, todas as músicas são excelentes.
Detalhe para a capa, que também é muito bonita.
Tracklist:
01. Aces High
02. 2 Minutes To Midnight
03. Losfer Words (Big’Orra)
04. Flash Of The Blade
05. The Duellists
06. Back In The Village
07. Powerslave
08. Rime Of The Ancient Mariner
02. 2 Minutes To Midnight
03. Losfer Words (Big’Orra)
04. Flash Of The Blade
05. The Duellists
06. Back In The Village
07. Powerslave
08. Rime Of The Ancient Mariner
Nota: 10. É a perfeição musical.
Somewhere In Time (1986)
Marca uma mudança na sonoridade da banda,
que coloca sintetizadores no som. Apesar de ser beeem diferente,
continua sendo FODA. Épico, empolgante, feeling absurdo.
Tracklist:
01. Caught Somewhere In Time
02. Wasted Years
03. Sea Of Madness
04. Heaven Can Wait
05. The Loneliness Of The Long Distance Runner
06. Stranger In A Strange Land
07. Deja-Vu
08. Alexander The Great
02. Wasted Years
03. Sea Of Madness
04. Heaven Can Wait
05. The Loneliness Of The Long Distance Runner
06. Stranger In A Strange Land
07. Deja-Vu
08. Alexander The Great
Nota: 9,9. 10 é só para álbuns perfeitos como o Poweslave. Esse não é, mas chega perto.
Seventh Son Of A Seventh Son (1988)
É um álbum conceitual, que conta a
história do Sétimo Filho, um garoto com poderes e blá, blá, blá…
História bem interessante, vale a pena pesquisar. (: Continua com a
sonoridade sintetizada, e é igualmente do caralho. Último trabalho da
formação clássica da banda, já que Adrian Smith deixou o grupo depois da
tour. Assim, foi o último registro do Iron Maiden em seus “Golden
Years”.
Tracklist:
01. Moonchild
02. Infinite Dreams
03. Can I Play With Madness
04. The Evil That Men Do
05. Seventh Son of a Seventh Son
06. The Prophecy
07. Clairvoyant
08. Only The Good Die Young
02. Infinite Dreams
03. Can I Play With Madness
04. The Evil That Men Do
05. Seventh Son of a Seventh Son
06. The Prophecy
07. Clairvoyant
08. Only The Good Die Young
Nota: 9,9, pelo mesmo motivo do Somewhere In Time.
Bom, depois desses três lançamentos
maravilhosos, a qualidade dos álbuns decaiu bastante. O substituto do
Adrian, Janick Gers (que é o meu guitarrista favorito of all times –
sim, eu sou estranho.) até hoje é meio perseguido pelos fãs por isso,
como se a culpa fosse dele. Puta mundo injusto, né? Enfim, continuando
com a análise:
No Prayer for The Dying (1990)
Tenta voltar, de maneira frustrada, a
sonoridade inicial da banda. Álbum de estréia do novo guitarrista. Na
minha opinião, o trabalho mais fraco do grupo. Conta com uma música da
carreira solo de Dickinson, ironicamente a melhor faixa do álbum, Bring
Your Daughter To The Slaughter.
Tracklist:
01. Tailgunner
02. Holy Smoke
03. No Prayer For The Dying
04. Public Enema Number One
05. Fates Warning
06. The Assassin
07. Run Silent Run Deep
08. Hooks In You
09. Bring Your Daughter… To The Slaughter
10. Mother Russia
02. Holy Smoke
03. No Prayer For The Dying
04. Public Enema Number One
05. Fates Warning
06. The Assassin
07. Run Silent Run Deep
08. Hooks In You
09. Bring Your Daughter… To The Slaughter
10. Mother Russia
Nota: 5. Fraquinho, fraquinho.
Fear of The Dark (1992)
Álbum mais vendido da banda até hoje,
talvez pelo som mais pop em músicas como Weekend Warrior, e,
principalmente, Wasting Love. Ah! Por mais que xiliquem com ela, a faixa
título fica F O D A ao vivo.
Tracklist:
01. Be Quick Or Be Dead
02. From Here to Eternity
03. Afraid To Shoot Strangers
04. Fear is the Key
05. Childhood’s End
06. Wasting Love
07. The Fugitive
08. Chains Of Misery
09. The Apparition
10. Judas Be My Guide
11. Weekend Warrior
12. Fear Of The Dark
02. From Here to Eternity
03. Afraid To Shoot Strangers
04. Fear is the Key
05. Childhood’s End
06. Wasting Love
07. The Fugitive
08. Chains Of Misery
09. The Apparition
10. Judas Be My Guide
11. Weekend Warrior
12. Fear Of The Dark
Nota: 7.
Well, well… Depois do Fear of The Dark, Bruce Dickinson deixou o grupo para se dedicar exclusivamente a sua carreira solo.
No seu lugar, entrou Blaze Bayley. Os
álbuns com ele são bem diferentes, mas eu, com esse gosto musical
diferente que tenho, gosto MUITO deles.
The X-Factor (1994)
Mudança radical no som
da banda, que fica bem sombrio, melancólico. Reflete o estado de
espírito do Steve Harris, que tinha acabado de se divorciar e perdera
seu pai. Álbum muitíssimo injustiçado, acho eu.
Tracklist:
1. Sign Of The Cross
2. Lord of The Flies
3. Man On The Edge
4. Fortunes Of War
5. Look For The Truth
6. The Aftermath
7. Judgement Of Heaven
8. Blood On The World’s Hands
9. The Edge Of Darkness
10. 2 A.M.
11. The Unbeliever
Nota: 8.
Virtual XI (1998)
Já mais animado e direto que seu
antecessor, foi o último da curta passagem de Blaze pela banda. É bem
épico, com faixas longas e refrões grudentos.
Tracklist:
1. Futureal
2. The Angel and the Gambler
3. Lightning Strikes Twice
4. The Clansman
5. When Two Worlds Collide
6. The Educated Fool
7. Don’t Look To The Eyes Of A Stranger
8. Como Estais Amigos
2. The Angel and the Gambler
3. Lightning Strikes Twice
4. The Clansman
5. When Two Worlds Collide
6. The Educated Fool
7. Don’t Look To The Eyes Of A Stranger
8. Como Estais Amigos
Nota: 8.
Depois desse álbum, Bruce Dickinson volta
e faz a banda viver uns breves ‘Silver Years’, com a popularidade lá em
cima novamente, headliner de festivais mundo afora, lotando todos os
shows em todos os lugares onde passasse. Os álbuns dessa última década
nem foram tãããão bons, mas a volta do vocalista clássico evidentemente
causou uma repercussão bem grande.
Brave New World (2000)
Esse álbum causou um frenesi enorme
quando foi lançado, como já disse, mais pela volta do frontman do que
pela música em si, mas isso não quer dizer que seja fraco. Pelo
contrário! Ghost of The Navigator e Dream of Mirrors são duas das
melhores faixas que o Iron já lançou em toda a carreira.
Tracklist:
1. The Wicker Man
2. Ghost of the Navigator
3. Brave New World
4. Blood Brothers
5. The Mercenary
6. Dream of Mirrors
7. The Fallen Angel
8. The Nomad
9. Out of the Silent Planet
10. The Thin Line Between Love And Hate
2. Ghost of the Navigator
3. Brave New World
4. Blood Brothers
5. The Mercenary
6. Dream of Mirrors
7. The Fallen Angel
8. The Nomad
9. Out of the Silent Planet
10. The Thin Line Between Love And Hate
Nota: 8,5.
Dance of Death (2003)
Traz fortes flertes com
o progressivo. Músicas longas e de 3 solos se fazem bastante presentes.
Recheado de músicas épicas, é um álbum muito bom. Na minha opinião, o
melhor do retorno de Dickinson até hoje. Detalhe para Journeyman, a
única música totalmente acústica que o Maiden já lançou.
Tracklist:
1. Wildest Dreams
2. Rainmaker
3. No More Lies
4. Montsegur
5. Dance Of Death
6. Gates Of Tomorrow
7. New Frontier
8. Paschendale
9. Face In The Sand
10. Age Of Innocence
11. Journeyman
2. Rainmaker
3. No More Lies
4. Montsegur
5. Dance Of Death
6. Gates Of Tomorrow
7. New Frontier
8. Paschendale
9. Face In The Sand
10. Age Of Innocence
11. Journeyman
Nota: 8,5. Ótimo.
A Matter of Life And Death (2006)
Muito progressivo, muito cadenciado,
cheio de introduções longas. Nada direto. Ainda assim, um bom álbum,
apesar de não ter a cara do Iron Maiden. Músicas de três solos se tornam uma constante. Álbum carregado com uma atmosfera sombria, de guerra.
Tracklist:
01. Different World
02. These Colours Don’t Run
03. Brighter Than a Thousand Suns
04. The Pilgrim
05. The Longest Day
06. Out Of the Shadows
07. The Reincarnation of Benjamin Breeg
08. For The Greater Good of God
09. Lord Of Light
10. The Legacy
02. These Colours Don’t Run
03. Brighter Than a Thousand Suns
04. The Pilgrim
05. The Longest Day
06. Out Of the Shadows
07. The Reincarnation of Benjamin Breeg
08. For The Greater Good of God
09. Lord Of Light
10. The Legacy
Nota: 7,5. Bom.
The Final Frontier (2010)
Segue a mesma linha do anterior, mas tem
alguns sons com uma pegada hard rock, e a The Alchemist é o puro Iron
dos anos 80. No geral, soa um pouco menos empolgante que o A Matter of
Life And Death, talvez por não ter uma atmosfera tãoenvolvente.
Tracklist:
1. Satellite 15… The Final Frontier
2. El Dorado
3. Mother Of Mercy
4. Coming Home
5. The Alchemist
6. Isle Of Avalon
7. Starblind
8. The Talisman
9. The Man Who Would Be King
10. When The Wild Wind Blows
2. El Dorado
3. Mother Of Mercy
4. Coming Home
5. The Alchemist
6. Isle Of Avalon
7. Starblind
8. The Talisman
9. The Man Who Would Be King
10. When The Wild Wind Blows
Nota: 7.
Bom, é isso. Não vou falar dos álbuns ao
vivo (todos excelentes, destacadamente o Rock In Rio e o Live After
Death), dos singles e das coletâneas, acho meio desnecessário. No mais,
aproveitem aí a discografia dos deuses do metal, da maior banda de todos
os tempos, dos deuses na terra, dos *insira vários elogios exagerados
aqui*. Õ/
Por Rodrigo Menegat
Iron Maiden: análise da discografia
Reviewed by Alexandre
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