Negură Bunget – Vîrstele Pămîntului (2010)
Pode soar piegas, mas não há como negar que o black metal é o estilo
mais místico e espiritual do metal. Ele se diferencia das outras
vertentes por transcender o aspecto musical. Muito mais do que os
arranjos e a melodia, nesse sub-gênero enfatiza-se o sensorial. A
ambientação e o aspecto catártico e subjetivo das composições são os
grandes destaques. É muito difícil apontar uma banda de “metal negro”
que se destaque por perícia instrumental ou profunda elaboração
harmônica. Exceção feita aos desbravadores que ousam transpor os limites
de um universo extremamente conservador, a imensa maioria dos grupos
soa inegavelmente igual – verdade que deve doer a alguns.
Dos elementos que fazem uma banda de black metal se destacar nenhum é mais importante do que a sinceridade emocional. O turbilhão de sensações evocadas, desolação, tristeza, raiva, orgulho e até mesmo solenidade, só é realmente impactante se a execução for permeada por uma verdadeira entrega. Numa categoria de excelência nesse quesito, sem dúvida alguma, se encaixa o Negură Bunget.
Não que eles sejam muito parecidos com a citada massa genérica de bandas, pelo contrário. Cabem muito mais no segundo grupo, o dos desbravadores corajosos, por explorarem o lado atmosférico que está tão em evidência na última metade de década, pelos instrumentos folcóricos usados na gravação e por uma notável não-linearidade presente nas composições. Acontece que todos esses atributos ficam em segundo plano quando se percebe a íntima ligação de música e aspecto emotivo presente no trabalho desses romenos. Nota-se um acentuado compromisso e orgulho das tradições de sua terra natal, sua natureza e espiritualidade.
Deixo aqui o último álbum lançado, de 2010. É daqueles que por mero detalhe não entraram na nossa lista de melhores do ano. Outro exemplo de como esses últimos tempos têm sido proveitosos para o black metal, que evoluiu como nenhum outro ramo do metal.
Por Rodrigo Menegat
Dos elementos que fazem uma banda de black metal se destacar nenhum é mais importante do que a sinceridade emocional. O turbilhão de sensações evocadas, desolação, tristeza, raiva, orgulho e até mesmo solenidade, só é realmente impactante se a execução for permeada por uma verdadeira entrega. Numa categoria de excelência nesse quesito, sem dúvida alguma, se encaixa o Negură Bunget.
Não que eles sejam muito parecidos com a citada massa genérica de bandas, pelo contrário. Cabem muito mais no segundo grupo, o dos desbravadores corajosos, por explorarem o lado atmosférico que está tão em evidência na última metade de década, pelos instrumentos folcóricos usados na gravação e por uma notável não-linearidade presente nas composições. Acontece que todos esses atributos ficam em segundo plano quando se percebe a íntima ligação de música e aspecto emotivo presente no trabalho desses romenos. Nota-se um acentuado compromisso e orgulho das tradições de sua terra natal, sua natureza e espiritualidade.
Deixo aqui o último álbum lançado, de 2010. É daqueles que por mero detalhe não entraram na nossa lista de melhores do ano. Outro exemplo de como esses últimos tempos têm sido proveitosos para o black metal, que evoluiu como nenhum outro ramo do metal.
Por Rodrigo Menegat
Negură Bunget – Vîrstele Pămîntului (2010)
Reviewed by Alexandre
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12:19
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Mas esse albo e uma delíciia caaaara
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