Redescobrindo clássicos – Severed Survival



Por Guilherme Nogueira

Tem uns dias que eu tenho me dedicado a desenterrar alguns discos que, tempos atrás, já me fizeram banguear, fazer mãozinha de fogo, e sair destruindo meu quarto na pernada. De todas as jóias que eu tirei do baú, a mais empoeirada e empolgante era o “Severed Survival”, brilhante debut e clássico do Death Metal, dos americanos do Autopsy.




Desde 2010, quando o retorno dos caras gerou seu primeiro fruto, o EP “The Tomb Within”, eles voltaram a ter grande espaço na mídia especializada. E como os dois discos que lançaram após esse retorno, o bom “Macabre Eternal” de 2011 e o excelente “The Headless Ritual” desse ano (2013), são mais viciantes do que qualquer droga sintética que eu conheço, eu até cometi o pecado e o sacrilégio de me esquecer da existência dos antigos clássicos da banda, em especial o já mencionado debut.
Mas, enfim, parece que ficar todo esse tempo esquecido também trouxe coisas boas. Após anos, até parece que estou ouvindo-o pela primeira vez. O peso e a gravidade da guitarra são absurdos. Mas isso só é possível por causa da produção e mixagem precisa, que deu para a cozinha a presença e a base necessárias para que os riffs cumpram seu papel – de destruir tudo –  da melhor maneira possível.





O Autopsy sempre foi mestre em variar as passagens rápidas com as cadenciadas. E mais, estas passagens mais arrastadas, são sempre acompanhadas daquelas melodias que dão o feeling que o gênero pede. Em todas as faixas podem ser encontradas essas variedades na composição (e aqui eu queria deixar meus destaques: A faixa que abre e a que fecha o disco, “Charred Remains” e “Embalmed”, respectivamente). Mas sem deixar certa estreiteza dos limites do Death Metal de lado, como deve ser, quando se cria um clássico primordial do estilo.



Autopsy – Severed Survival (1989)


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