Dark Lotus - The Mud, Water, Air and Blood (2014)
Uma fraca ambientação sobre a base eletrônica simplista, acompanhada de um vocal geralmente grave, de pouquíssima variação e expressão, construindo a música através de rimas e progressões. Presenças esparsas de samples e leves distorções acompanham a música.
Essa introdução resume muito bem o Horrocore, um estilo musical baseado no Hardcore quase com os dois pés no Rap. Mais simples que o Breakcore e muito mais underground, o subgênero é alvo de críticas e opiniões pré construídas pelos ditos metalheads e, ainda mais por isso, merece um espaço aqui no SBG. The Mud, Water, Air and Blood foi o primeiro lançamento desse ano que ouvi no HC e me surpreendeu pela qualidade e originalidade, me lembrando de quão bom o Horrorcore pode ser.
Formado por membros do Twiztid e do Insane Clown Posse, o quinteto estadunidense nomeado Dark Lotus está na ativa desde 1998 e conta com apenas quatro discos. As músicas são bem curtas, com bases eletrônicas realmente simples, mas dinâmicas, bem encaixadas e variadas ao longo do álbum, que não é nem um pouco monótono. Mesclando momentos recitados com rimas típicas dos rappers mais acelerados, temos quase uma hora de música agradável e saudosa, que nos remete tanto aos grupos que mesclavam Rap e Heavy Metal nos anos 1990, como o Body Count, quanto aos gangsta's modernos que desfilam sua riqueza nos canais da fama.
As letras são de compreensão relativamente fácil e tratam dos mais diversos assuntos, tendo um tom filosófico em alguns momentos. A presença de vários vocalistas torna o andamento muito variado, seja na velocidade, no tom e até mesmo alterando as bases das faixas. Ouvir o disco é uma experiência que exige atenção para absorver a atmosfera, já que o foco musical aqui são evidentemente os vocais, salvo em algumas músicas, como a Let it Rain, que mostra mais da versatilidade musical do grupo. A presença de interlúdios e a construção do disco como um todo quase exige que ele seja ouvido na íntegra, já que as músicas soltas não possuem um apelo tão forte.
Deixando o gosto musical de lado, a obra merece um grande destaque no núcleo do HC e, por que não, do metal. Fugindo da "estaticidade" de vários gêneros nos dias atuais, o Dark Lotus vem quebrando paradigmas e levando os estilos mais obscuros para os palcos com qualidade impressionante. Se essa resenha ainda não te convenceu da qualidade da banda, deixo que o som faça seu papel:
Nota: 8
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Por Alexandre Romansine
Essa introdução resume muito bem o Horrocore, um estilo musical baseado no Hardcore quase com os dois pés no Rap. Mais simples que o Breakcore e muito mais underground, o subgênero é alvo de críticas e opiniões pré construídas pelos ditos metalheads e, ainda mais por isso, merece um espaço aqui no SBG. The Mud, Water, Air and Blood foi o primeiro lançamento desse ano que ouvi no HC e me surpreendeu pela qualidade e originalidade, me lembrando de quão bom o Horrorcore pode ser.
Formado por membros do Twiztid e do Insane Clown Posse, o quinteto estadunidense nomeado Dark Lotus está na ativa desde 1998 e conta com apenas quatro discos. As músicas são bem curtas, com bases eletrônicas realmente simples, mas dinâmicas, bem encaixadas e variadas ao longo do álbum, que não é nem um pouco monótono. Mesclando momentos recitados com rimas típicas dos rappers mais acelerados, temos quase uma hora de música agradável e saudosa, que nos remete tanto aos grupos que mesclavam Rap e Heavy Metal nos anos 1990, como o Body Count, quanto aos gangsta's modernos que desfilam sua riqueza nos canais da fama.
As letras são de compreensão relativamente fácil e tratam dos mais diversos assuntos, tendo um tom filosófico em alguns momentos. A presença de vários vocalistas torna o andamento muito variado, seja na velocidade, no tom e até mesmo alterando as bases das faixas. Ouvir o disco é uma experiência que exige atenção para absorver a atmosfera, já que o foco musical aqui são evidentemente os vocais, salvo em algumas músicas, como a Let it Rain, que mostra mais da versatilidade musical do grupo. A presença de interlúdios e a construção do disco como um todo quase exige que ele seja ouvido na íntegra, já que as músicas soltas não possuem um apelo tão forte.
Deixando o gosto musical de lado, a obra merece um grande destaque no núcleo do HC e, por que não, do metal. Fugindo da "estaticidade" de vários gêneros nos dias atuais, o Dark Lotus vem quebrando paradigmas e levando os estilos mais obscuros para os palcos com qualidade impressionante. Se essa resenha ainda não te convenceu da qualidade da banda, deixo que o som faça seu papel:
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15:40
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