Review: Insomnium - Shadows of The Dying Sun (2014)
Desde Above The Weeping World, de 2006, o Insomnium está no seleto time das bandas de melodic death metal que podem se dar ao luxo de investir em mixagem e filmar clipes.
Com Shadows of The Dying Sun, lançado em abril de 2014, o grupo finlandês continua com produção digna de mainstream. Aos poucos, o quarteto alcançou certo privilégio no catálogo da poderosa Century Media Records, lar de Iced Earth, In Flames e Arch Enemy.
Às vezes, gravadoras grandes (Nuclear*cof*cof*Blast) parecem ter efeitos negativos sobre a criatividade do cast, mas o Insomnium continua imune. Apesar da pós-produção límpida assustar quem prefere som cru, a competência dos músicos impressiona.
Assim como nos dois últimos álbuns, o grupo se afasta do som cortante do início de carreira. Se antes prevalecia a influência dos medalhões de Gotemburgo, agora os interesses definitivamente mudam.
A música traz flertes com o doom metal moderno, de atmosfera sempre melancólica. Vocais limpos, instrumentos acústicos e teclados remetem de leve aos discos mais recentes do Amorphis.
Ao contrário dos conterrâneos, entretanto, a força das composições não está nos refrãos. Riffs melódicos e uma cozinha capaz de segurar as aventuras rítmicas da guitarra principal são o grande trunfo.
O disco tem 10 faixas, a mais longa com oito minutos. Nenhuma se destaca individualmente, mas brilham em conjunto. O que é, aliás, uma característica do estilo pelo qual a banda se aventura: poucos hits, mas álbuns sólidos. Contribui para isso a curta duração, 57 minutos. Como a proposta do Insomnium é densa, um trabalho mais longo poderia soar maçante.
Fica apenas uma ressalva: faltou aquela pisada no acelerador, em memória aos tempos de agressividade. Pode ser que um momento de violência quebrasse o clima do disco, mas certamente faria a alegria de quem acompanha a carreira da banda há mais tempo. O novo conceito é certamente mais maduro, mas se beneficiaria de algumas doses de ímpeto juvenil.
por Rodrigo Menegat
Com Shadows of The Dying Sun, lançado em abril de 2014, o grupo finlandês continua com produção digna de mainstream. Aos poucos, o quarteto alcançou certo privilégio no catálogo da poderosa Century Media Records, lar de Iced Earth, In Flames e Arch Enemy.
Às vezes, gravadoras grandes
Assim como nos dois últimos álbuns, o grupo se afasta do som cortante do início de carreira. Se antes prevalecia a influência dos medalhões de Gotemburgo, agora os interesses definitivamente mudam.
A música traz flertes com o doom metal moderno, de atmosfera sempre melancólica. Vocais limpos, instrumentos acústicos e teclados remetem de leve aos discos mais recentes do Amorphis.
Ao contrário dos conterrâneos, entretanto, a força das composições não está nos refrãos. Riffs melódicos e uma cozinha capaz de segurar as aventuras rítmicas da guitarra principal são o grande trunfo.
O disco tem 10 faixas, a mais longa com oito minutos. Nenhuma se destaca individualmente, mas brilham em conjunto. O que é, aliás, uma característica do estilo pelo qual a banda se aventura: poucos hits, mas álbuns sólidos. Contribui para isso a curta duração, 57 minutos. Como a proposta do Insomnium é densa, um trabalho mais longo poderia soar maçante.
Fica apenas uma ressalva: faltou aquela pisada no acelerador, em memória aos tempos de agressividade. Pode ser que um momento de violência quebrasse o clima do disco, mas certamente faria a alegria de quem acompanha a carreira da banda há mais tempo. O novo conceito é certamente mais maduro, mas se beneficiaria de algumas doses de ímpeto juvenil.
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