Uma das bandas mais famosas e influentes do Metal Alternativo, o Deftones foi formado na Califórnia em 1988 e é atualmente composta por Chino Moreno (vocais), Stephen Carpenter (guitarra), Sergio Vega (baixo), Frank Delgado (Dj e sintetizador) e Abe Cunningham (bateria). O grupo já contou com o baixista Chi Cheng, falecido em 2013.
O Deftones é famoso pelo vocal singular de Chino e também pelo experimentalismo que fez no decorrer da carreira, distanciando-se do New Metal e agregando influência de estilos como o Post-Rock.
Adrenaline (1995)
É o álbum que mais se encaixa no gênero de New Metal, tanto na sonoridade quanto no estilo de se vestir dos membros. Nele já se notam marcas registradas da banda como os vocais sussurrados de Chino como em Birthmark, bem como seus gritos estridentes em Bored e seus, muitas vezes indecifráveis, vocais “rapeados” em Root. O instrumental é bem típico de New Metal, porém bastante coeso e bem feito. Também nota-se o começo das faixas experimentais e viajadas como em Fireal.
Around the Fur (1997)
Esse álbum é bastante semelhante ao anterior devido à união entre o som pesado do new metal, sem riffs complexos e solos, com a voz melódica de Chino. O disco possui faixas que mesclam vocais sussurrados e melódicos, como Mascara e Lhabia, e também músicas pesadas e berradas como Rickets e Lotion. O trabalho conta também com a clássica Be Quiet and Drive (Far Away).
White Pony (2000)
Um dos pontos altos da banda, mostrando som maduro e bastante experimental, visto que apresenta influências de New Wave e Shoegaze. Tudo isso torna o álbum melancólico e pesado, bem ao estilo Deftones. O disco apresenta faixas de pura melancolia como Teenager, mais melódicas como Digital Bath e de pura porradaria como Elite. Vale destacar a participação especial do monstro sagrado Maynard James Keenan (Tool/A Perfect Circle) na belíssima Passenger, da cantora Rodleen Getsic na icônica Knife Party e de Scott Weiland em RX Queen, além de contar com a clássica Change (in the House of Flies).
Deftones (2003)
O álbum homônimo não possui tantos destaques individuais como o anterior, mas o conjunto da obra é excelente: consegue mesclar a atmosfera sombria de White Pony e o peso dos dois primeiros, com Stephen experimentando cada vez mais e Chino mantendo o vocal versátil. Isso é perceptível logo na primeira faixa Hexagram e na famosa Minerva. O álbum mantém a qualidade dessa mistura de peso com melancolia em faixas como Needles and Pins e Battle-Axe.
B-sides and Rarities (2005)
Não é um álbum, mas uma compilação de covers. Merece admiração a maneira como a banda consegue ser fiel às canções originais, mas ainda assim deixar uma marca própria nas versões. Grandes destaques ficam para Simple Man (cover de Lynyrd Skynyrd), No Ordinary Love (cover de Sade) e Savory (cover de Jawbox).
Saturday Night Wrist (2006)
É o mais “fraco” da banda, já que possui diversas faixas “descartáveis”. Ainda assim, tem algumas músicas excelentes. A faixa de abertura Hole in the Earth é uma das melhores que a banda já produziu, além da fofa Beware e de Mein com sua bateria contagiante e a participação de outro monstro sagrado, Serj Tankian (System of a Down).
Diamond Eyes (2010)
Após uma longa pausa devido ao acidente fatal do baixista Chi Cheng, a banda lança Diamond Eyes com o novo baixista Sergio Vega. O grupo parece não ter se abalado tanto pelo ocorrido visto que voltou mais pesado, mais criativo, mais melódico, enfim, mais tudo. Os destaques são sempre os mesmos: faixas pesadas e diretas como Rocket Skates e CMND/CTRL e mais melódicas como Beauty School e Risk. Também vale destacar Diamond Eyes e seu forte refrão e a lindíssima Sextape.
Koi No Yokan (2012)
A banda chega ao auge do experimentalismo, em um álbum que mistura o som pesado característico (dessa vez com Stephen usando uma guitarra de 8 cordas) com arranjos e harmonias de estilos como Post-Rock, além, é claro da boa performance vocal de Chino. O grupo continua com a velha essência: faixas mais pesadas e diretas como Swerve City e Poltergeist e faixas melódicas como Entombed. Outros destaques ficam para a baladinha Rosemary e para Gauze que relembra o som que a banda fazia nos álbuns mais antigos.
Por Eduardo Soriano
Deftones - Discografia comentada
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