Vento Negro – Discografia comentada
Venho mais uma vez aqui, hoje para postar uma verdadeira jóia do
Black Metal brasileiro, os gaúchos do Vento Negro. Banda que conheci
através de um tópico que o nosso redator sulista e pederasta, Rodrigo,
fez na comunidade Heavy Metal Brasil há algum tempo.
Criada em 2003 em Caxias do Sul (RS), o Vento Negro parece ser uma banda que não seguiu os caminhos comuns que outras do estilo seguem. O líder da banda, detentor do pseudônimo Arauto Austral (afinal, cada um pode ter o pseudônimo que quiser…) lançou a primeira demo do Vento Negro, intitulada “Do Perfeccionismo Natural” em 2005. Tocando um Pagan Black Metal competente e inspirado, com riffs belamente melodiosos.
Parecendo sempre causar discussões quando apresentada para as pessoas, por causa de suas letras, que, principalmente na primeira demo apresentam um exacerbado orgulho sulista, muitas vezes de cunho separatista.
Segue um trecho da faixa “Das terras do Sul”:
As demais letras da primeira demo seguem nesta linha, extremistas, xenofobias e sempre com vocabulário extremamente rebuscado.
O EP de 2006, chamado “Do Virtuosismo Pessoal” nunca foi verdadeiramente lançado e existe apenas na internet, segundo o próprio myspace da banda. Seguindo a mesma linha de som do anterior, talvez um pouco mais trabalhado e usando um pouco mais de vocais limpos. Estranhamente esse segundo lançamento é mais mal produzido que o anterior.
As letras fortemente separatistas parecem ter perdido um pouco o gás, dando lugar ao que parecem ser reflexões sobre nossas condições relativas à nós mesmos e ao mundo. Apesar de que o próprio líder da banda já declarou que ele mesmo não entende bem o que escreveu nestas letras.
Segue o trecho da faixa “Na hiper-imensidão do mundo”:
A banda está parada e o líder da mesma parece ter perdido o interesse no Metal (o que é uma pena, pois ele tinha futuro no gênero).
Independente disso, nos foi deixado esses dois discos que são de enorme qualidade. E que, sem entrar no mérito das letras (vai depender do ponto de vista de cada um concordar ou não com a posição da banda) vale a pena ser ouvido por todos.
Por Guilherme Nogueira
Criada em 2003 em Caxias do Sul (RS), o Vento Negro parece ser uma banda que não seguiu os caminhos comuns que outras do estilo seguem. O líder da banda, detentor do pseudônimo Arauto Austral (afinal, cada um pode ter o pseudônimo que quiser…) lançou a primeira demo do Vento Negro, intitulada “Do Perfeccionismo Natural” em 2005. Tocando um Pagan Black Metal competente e inspirado, com riffs belamente melodiosos.
Parecendo sempre causar discussões quando apresentada para as pessoas, por causa de suas letras, que, principalmente na primeira demo apresentam um exacerbado orgulho sulista, muitas vezes de cunho separatista.
Segue um trecho da faixa “Das terras do Sul”:
“… Sul, és Tu, por quem iremos morrer
Em ti, é onde iremos per sempre jazer
Por ti, derramamos nosso sangue
Azul, Tua bandeira, te ostenta Grande… ’’
As demais letras da primeira demo seguem nesta linha, extremistas, xenofobias e sempre com vocabulário extremamente rebuscado.
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| Do Perfeccionismo Natural - demo (2005) |
O EP de 2006, chamado “Do Virtuosismo Pessoal” nunca foi verdadeiramente lançado e existe apenas na internet, segundo o próprio myspace da banda. Seguindo a mesma linha de som do anterior, talvez um pouco mais trabalhado e usando um pouco mais de vocais limpos. Estranhamente esse segundo lançamento é mais mal produzido que o anterior.
As letras fortemente separatistas parecem ter perdido um pouco o gás, dando lugar ao que parecem ser reflexões sobre nossas condições relativas à nós mesmos e ao mundo. Apesar de que o próprio líder da banda já declarou que ele mesmo não entende bem o que escreveu nestas letras.
Segue o trecho da faixa “Na hiper-imensidão do mundo”:
“… A que estamos, impreterivelmente adstritos
Visto que somos caos, embates, conflitos
Somos isso tudo, e mais tudo, e tudo junto… ’’
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| Do Virtuosismo Pessoal - EP (2006) |
A banda está parada e o líder da mesma parece ter perdido o interesse no Metal (o que é uma pena, pois ele tinha futuro no gênero).
Independente disso, nos foi deixado esses dois discos que são de enorme qualidade. E que, sem entrar no mérito das letras (vai depender do ponto de vista de cada um concordar ou não com a posição da banda) vale a pena ser ouvido por todos.
Por Guilherme Nogueira
Vento Negro – Discografia comentada
Reviewed by Alexandre
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