Yyrkoon – Discografia comentada



Eu sei. Eu prometi. Eu falei que ia postar bastante nas férias. E até agora eu só fiz um post super curto. É, eu sei, eu sei. Perdoem-me. Nos 6 dias de folga que me restam vou tentar (vejam bem, vou tentar rs) colocar mais coisas aqui. Esse blog não tem a menor graça sem mim, se eu não voltar a ser um redator ativo, cês tão perdidos! D:

Pra tentar compensar a minha preguiça, vim hoje com a discografia de uma banda que descobri semana passada e que toca incessantemente nas minhas caixas de som desde então: o Yyrkoon, da França. Só por serem da terra da “liberté, égalité, fraternité”, vocês já podem esperar coisa boa.  Raramente me decepciono com sons franceses. Esse aqui não é exceção: mais um exemplar do genial metal extremo proveniente do solo franco. Pra confirmar toda essa moral, é só dizer que os caras já excursionaram com gente grande como o Impaled Nazarene, e que o baterista do Soilwork já gravou álbum e saiu em turnê com o grupo.

Oniric Transition



Começaram fazendo black metal bem melódico, acompanhado de teclados e instrumentos folclóricos e com um quê de progressivo devido aos muitos e muitos solos no debut, Oniric Transition. O álbum, de 1998, apresenta música bastante sólida com vários riffs cortantes espalhados pelas oito  faixas. Entretanto, apesar de ser um registro interessantíssimo, é um play perdido no meio da discografia do grupo, com uma sonoridade muito diferente do resto.



Dying Sun, de 2002, é um melodeath que flerta muito com o power metal, devido as várias passagens de vocal limpo. Riffs cavalgados, quebradas de ritmo, refrões grudentos. Empolga bem mais que seu antecessor, apesar de ser excessivamente feliz. (Quando eu falo que o álbum flerta com o power, eu diminuo as coisas. Aqui acontece quase um casamento.)



O próximo álbum, caramba… É uma mudança assustadora. O Occult Medicine, de 2004, é death metal puro. Ainda tem suas doses de melodia, mas é dono de muita brutalidade e peso. É bastante técnico, com algum groovezinho em doses homeopáticas aqui e ali, o que o faz soar diferente da maioria genérica dos álbuns do estilo. Se eu fosse usar um tom mais romântico, idealizador e exagerado, diria que esse play é um tanque absurdamente pesado e forte, desfilando melodicamente todo o seu potencial destruidor por 11 faixas esmagadoras. rs



O Unhealthty Opera, de 2006, segue a mesma linha e tem a mesma qualidade do anterior. Talvez conte com umas doses a mais de groove, melodia e solos – nada assustadoramente diferente ou pretensioso, friso – e a produção é bem melhor. A música continua implacável. Nos meus momentos de maior deslumbramento, rotulei o Yyrkoon como desumanamente insano. Quem acompanha o blog regularmente talvez perceba em mim certa tendência ao exagero: dessa vez, eu garanto a vocês, não fiz isso. Pena que a banda tenha acabado em 2007. Pela exuberância do que lançaram, demonstravam um potencial muito grande de escalar rapidamente até o patamar de grandes na cena extrema mundial.

Por Rodrigo Menegat
Yyrkoon – Discografia comentada Yyrkoon – Discografia comentada Reviewed by Alexandre on 14:08 Rating: 5

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