Dream Theater - Discografia comentada

Olá colegas do Scream Blog Gore! Aqui quem vos fala é Guilherme Vitoriano Pereira, ou simplesmente, guithegood87. Antes de qualquer coisa, eu gostaria de clarificar que este é um post de teste, e que sendo eu aprovado ou não, essa informação ainda estará aqui. Se vocês estão lendo essa informação nesse momento, isso quer dizer que a chefia me achou fofuxo o suficiente para escrever aqui! Se vocês não estiverem lendo, bem… Não importa né? De qualquer forma, espero que estejam lendo.




Bem, vamos ao que interessa. Neste primeiro post, eu já decidi por as mãos na minha banda favorita, afinal creio que não há maneira melhor de se expressar em um blog do que falar de algo que você tem real autoridade (ao menos, eu acho que tenho). Só que isso significa também trabalhar com uma banda “problemática”. Dream Theater.

Mas porque problemática? Bem, se você fez essa pergunta, provavelmente você não tem muito conhecimento ou interesse sobre o maravilhoso mundo ao qual você se arrisca quando gosta de Dream Theater, mas muito provavelmente já passou por algo parecido por gostar de alguma banda que tenha tantos anos de carreira e que tenha ao menos relativa popularidade.

O que acontece, é que falar de Dream Theater, seja bem ou mal, pode significar ser absorvido por uma dimensão paralela, onde existem fãs xiitas com facas no dentes, montados em seus camelos, ocultos pelas dançantes dunas do deserto do progmetal esperando para te matar se você falar algo que por ventura os contrarie. Assim como pode haver uma onda de insuflados cidadãos de bem, preparados para te apedrejar e julgar os motivos que te levam a gostar de uma banda que faz músicas de 24 minutos com longos solos de guitarra e teclado, com um vocalista de desempenho dúbio em exibições ao vivo.

Ok, devaneios a parte, o fato é que eu particularmente amo Dream Theater (ok, talvez eu não goste tanto da era pré-LaBrie…) e estou aqui para compartilhar com os companheiros, minha opinião sobre a banda, sua história, curiosidades e acima de tudo – e mais importante que essa papagaida toda – a discografia de estúdio dessa banda maravilhosa. Ah, mais uma coisa, talvez eu poste algum comentário que eventualmente foge demais do campo da música, em último caso, releve. Eu sou meio retardado, não nego.

Bem, se você ainda está aqui lendo esse post aí vai um breve resumo dos 25 anos de história do Dream Theater (com ajuda da boa e velha Last Fm):

Dream Theater é uma banda de metal progressivo originária de Long Island, Nova Iorque, Estados Unidos e formada em 1985 por John Myung, Mike Portnoy e John Petrucci, antes de se chamar “Dream Theater”, eram conhecidos por “Majesty”.
O nome Majesty caiu por terra logo que a banda atingiu alguma popularidade, pois já existia uma banda de Las Vegas com esse nome, que forçou judicialmente a mudança, o pai de Mike Portnoy sugeriu “Dream Theater. A formação atual conta com John Myung, John Petrucci e James LaBrie. A banda se encontra a procura de um baterista para substituir a saída de Mike Portnoy.

Bem, vamos ao que realmente interessa! Os álbuns!


When Dream and Day Unite (1989)



Particularmente, não gosto muito desse álbum. Mas isso se deve principalmente ao fato de estranhar a ausência do atual vocalista, James LaBrie. No entanto, é um álbum muito bom, com músicas que são executadas pela banda até hoje. Sem muito mais a dizer. Apesar de todas as mudanças pelas quais a banda passou, o fato de as idéias e influências que são hoje base da banda estar em estágio embrionário faz com este álbum se diferencie muito dos outros.


Images & Words (1992)



O primeiro álbum que conta com James Labrie nos vocais é o que possui umas das músicas – na verdade, a mais – emblemáticas do Dream Theater: Pull Me Under. Outras músicas desse álbum também o fizeram, mas não obtiveram sucesso que ao menos se aproximasse. Aqui, as características da banda como um conjunto e dos músicos individualmente ficam muito mais ressaltadas. É um álbum com personalidade, que trouxe fãs a banda, principalmente no Japão.


Awake (1994)




Depois do sucesso de Images & Words surge Awake que é um álbum mais denso tanto em suas letras como em suas melodias. Tratando de conflitos internos e com uma climatização mais sombria que as anteriores, esse álbum acabou por dividir os fãs. É um álbum fantástico, superior em vários sentidos à produção anterior. É como se este álbum viesse para complementar e mostrar aos fãs o quanto a banda havia crescido. E fica claro a forma como os músicos se sentiram a vontade trabalhando como temas como religião e alcoolismo, pois nos álbuns seguintes, a opção de um lirismo mais denso se consolidou como marca da banda.


Uncovered (1996)




B-b-b-b-b-bonus Round! Esta é uma compilação (com qualidade inferior à dos álbuns anteriores – perdão colegas do SBG) de vários covers – a maioria ao vivo, executados pela banda. É uma boa maneira de ver as bandas que influenciaram o Dream Theater a ser o que ele se tornou.


Falling into Infinity (1997)




Momento da controvérsia. Depois de toda a densidade mostrada em Awake, a banda acaba por optar por uma via mais suave. Mais uma vez, os fãs se dividem e as críticas são tantas, que Portnoy admitiu posteriormente que quase abandonou a banda. É um bom álbum, não posso deixar de dizer. Entretanto, passa longe das expectativas que o Awake criou. Musicas como Take Away My Pain fizeram os fãs pensar que a banda estava optando por um caminho mais comercial. Na contramão, musicas como Peruvian Sky, Hell’s Kitchen e Lines in Sand são boas mostras da qualidade do álbum. Não o suficiente para aplacar as críticas.


Scenes From a Memory (1999)




O ápice. Para mim e para muitos. É aclamado e adorado como uma obra de arte. Uma inesperada maneira de compor por parte do Dream Theater. Seguindo influências como a do Queensrÿche e seu Operation: Mindcrime (1988), os músicos compõem uma obra conceitual, contando com a maestria a história que envolve Nicholas, Vitória, vidas passadas e sonhos de maneira emocionante. Não há muito que dizer sobre esse álbum. Ele DEVE ser ouvido. Mas se você não conhece Dream Theater, não recomendo começar por ele.


Six Degrees of Inner Turbulence (2002)



Álbum controverso e experimental da banda. Um álbum duplo, que em sua primeira parte, abre o “Portnoy Alcoholics Anonymous Suite” (ou “Twelve-Step Suite”) que trata dos processos de recuperação do Alcoolismo, através da fantástica The Glass Prison – no qual o baterista explora o programa de recuperação do A.A. (Alcoólicos Anônimos) em doze etapas, sendo as três primeiras (“Reflection”, “Restoration” e “Revelation”).
Mas esse álbum não trata apenas disso. Aventura-se também a discutir um tema nada ocasional no mundo da música: Células-Tronco, na canção The Great Debate. E não termina aí. O segundo CD trata-se de um épico conceitual que fala sobre problemas psicológicos, como bipolaridade, transtorno de estresse pós-traumatico, esquizofrenia, autismo e transtorno dissociativo de identidade.


Train of Thought (2003)



Um álbum que também teve repercussão divida. Uma abordagem mais pesada por parte da banda, que resultou num aumento considerável de fãs interessados no estilo, e fez com que os fãs mais antigos se incomodassem. A saga da recuperação de Portnoy continua através da música This Dying Soul, sendo que esta faixa perpassa pelas etapas IV e V, denominadas “Reflections of Reality (Revisited)” e “Release”.


Octavarium (2005)



Álbum que marca os vinte anos de estrada da banda. Segundo Mike Portnoy o álbum mais belo que a banda havia produzido até então. Marca um novo estágio evolutivo da banda, voltando a abordar temas profundos, também abordado o “Twelve-Step Suite”, com a faixa “The Root of All Evil”, que traz profunda análise das etapas VI e VII do programa: “Ready” e “Remove”, e finalizando com o épico Octavarium de 24 minutos.


Systematic Chaos (2007)




Um álbum com menos destaque comparado aos anteriores. Boa parte das críticas sustentam a ideia de que a técnica havia superado o feeling da banda, criando algo mecânico, como se eles soubessem o que fazer teoricamente para criar uma composição elogiável, porém desprovida de emoção. Neste trabalho, Mike Portnoy dá sequência à sua saga, e explora os passos VIII (“Regret”) e IX (“Restitution”) do programa de recuperação dos A.A. na faixa “Repentance”. As faixas “Constant Motion” e “Forsaken”, a última com um clipe desenvolvido pelo estúdio japônes Gonzo, tiveram boa repercussão. Neste álbum, destaca-se o grande trabalho de John Petrucci, que escreveu quatro das oito músicas, trazendo uma narrativa fictícia em cada, principalmente em “In The Presence of Enemies”, que foi divida em duas partes.


Black Clouds & Silver Linings (2009)



The Shattered Fortress” completou os três últimos passos da saga “Portnoy Alcoholics Anonymous Suite”: X (“Restraint”), XI (“Receive”) e XII (“Responsible”). Todas as letras das faixas de “Black Clouds & Silver Linings” foram escritas por Mike Portnoy e John Petrucci, e todas, com a exceção de uma (“A Rite of Passage”), tratam de experiências pessoais sobre momentos perturbadores e difíceis nas vidas dos dois músicos. É um álbum pesado, mas possui músicas que remetem a diferentes períodos da Banda.
Esse álbum também conta com mais dois CDs, um com covers de bandas que influenciam o Dream Theater, e outro com uma versão instrumental do álbum, que originalmente pode ser remixada pelos possuidores do material original (e serve de karaokê para quem tem os mp3 ).


Enfim. Isso cobre a parte de estúdio da banda. Como se pode notar, olhar a história do Dream Theater a perceber que a banda se envolveu em muitos momentos controversos. Para os que admiram metal e progressivo, Dream Theater é um caminho sem erro, que sofreu constantemente por se tratar de uma banda com músicos competentíssimos que sempre evitaram se repetir. E conseguiram, à custa de críticas, mas conseguiram. Como resultado, hoje possuem uma legião de fãs – que por vezes são fiéis de mais, a ponto de não aceitarem que a banda seja criticada, e as vezes estão presos demais ao que a banda fez anteriormente para admirar o trabalho atual.

Curiosidades

-O álbum “Images and Words”, lançado em 1992 foi o mais vendido da banda, chegando à posição nº 61 do top 200 da Billboard. O álbum “Awake”, de 1994, chegou à posição nº 32 e o álbum “Six Degrees of Inner Turbulence”, de 2002, à posição de nº 46, ambos com grande aceitabilidade. Em 2007, o álbum “Systematic Chaos” entrou na lista da Billboard na posição nº 19. Porém, o trabalho que lhes rendeu a melhor posição na Billboard foi “Black Clouds & Silver Linings”, que chegou à 6ª posição, além da 1ª posição do Top 100 da Eurochart Hot. A banda já vendeu mais de dois milhões de discos nos Estados Unidos, e mais de oito milhões ao redor do mundo.

- Dream Theater também é conhecido por sua versatilidade em estilos musicais, o que tornou possível à banda realizar shows especiais com vários outros artistas, que incluem Frank Zappa, Deep Purple, Emerson, Lake & Palmer, Iron Maiden, Joe Satriani, Marillion, Megadeth, In Flames, Pain of Salvation, Porcupine Tree, Queensrÿche, Fear Factory, Enchant, Symphony X, Pink Floyd, Rush e Yes
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-Em 12 de novembro de 2009, Mike Portnoy anunciou que o Dream Theater gravaria uma faixa instrumental exclusiva para inclusão na trilha sonora do jogo God of War III, do console Playstation 3. O título (“Raw Dog”) é um anagrama de “War God”. As gravações foram encaminhadas para a gravadora em janeiro de 2010, e marcaram a primeira vez em que a banda gravou uma faixa exclusiva para um projeto externo.

Espero realmente que gostem, e que estejam lendo este post!

Se gostarem, eu volto com álbuns ao vivo! o/

Por Guilherme Pereira
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