Iron Maiden: análise da discografia

Não preciso nem apresentar a banda, né? Se você não é um alien e nem nasceu ontem,  com certeza você sabe bastante coisa sobre a banda de metal de maior sucesso de todos os tempos.


Para analisar a discografia dos caras, é preciso ter noção de que o som deles mudou MUITO da década de 70 pra cá, então eu dei notas de acordo com a performance da banda ao por em prática suas ideias para cada álbum, não por gosto pessoal. Gosto muito mais dos álbuns dos anos 80 que desses atuais, mas sei reconhecer que esses últimos trabalhos mais prog também tem valor.

Enfim, vamos lá:


Os dois primeiros álbuns foram gravados com o Paul Di’Anno nos vocais. A voz dele combinava perfeitamente com a pegada punk e crua do Iron Maiden ‘jurássico’.

Iron Maiden (1980)
Poucas bandas lançam um debut tão bom, com clássicos que são tocados ao vivo até hoje, três décadas depois do lançamento. Foi o único álbum em que o guitarrista Denis Stratton esteve com a banda.

Tracklist:
01. Prowler
02. Sanctuary

03. Remember Tomorrow
04. Running Free
05. Phantom Of The Opera

06. Transylvania
07. Strange World
08. Charlotte The Harlot
09. Iron Maiden

Nota: 8,5. Ótimo.

Killers (1981) 

Outro álbum FODAÇO, fez o Iron deixar de ser uma das grandes promessas da cena inglesa para se afirmar como banda grande internacionalmente. Fizeram sua prmeira tour internacional, que passou até pelo Japão. No lugar de Stratton,  entrou o lendário Adrian Smith.

Tracklist:
01. The Ides of March
02. Wrathchild
03. Murders in the Rue Morgue

04. Another Life
05. Genghis Khan
06. Innocent Exile
07. Killers
08. Twilight Zone
09. Prodigal Son
10. Purgatory
11. Drifter

Nota: 8,5. Ótimo

Depois desses dois lançamentos, Paul Di’Anno, que estava tão dependente de álcool e cocaína que mal conseguia acompanhar o ritmo crescente de apresentações do Iron,  foi ‘convidado a se retirar’ da banda.

O que para muitos grupos foi o começo do fim, a saída do vocalista, foi o começo de uma ascensão estratosférica para o Maiden. Para o lugar de Paul, veio um dos maiores frontmans da história do rock: Bruce Dickinson.

The Number of The Beast (1982)

Fez o Iron se tornar gigante, muito devido a polêmica capa e faixa título, e foi um dos grandes responsáveis pela popularização do metal mundo afora nos anos 80. Clássico incontestável. Também foi o último trabalho de Clive Burr na banda.

Tracklist:
01. Invaders
02. Children Of The Damned
03. The Prisoner
04. 22, Acacia Avenue
05. The Number Of The Beast
06. Run To The Hills

07. Gangland
08. Total Eclipse
09. Hallowed Be Thy Name

Nota: 9,5. Beira a perfeição.

Piece of Mind (1983)

A banda tira o pé do acelerador, se distanciando definitivamente do Punk Rock. Ainda assim, mesmo que menos direto que os trabalhos anteriores, é excelente. Quando foi lançado, criou um alvoroço enorme entre os fãs e a mídia especializada. A revista Rolling Stone, para se ter uma idéia, assim que o álbum foi lançado, chegou a classificá-lo como ‘o maior álbum de rock de todos os tempos.’  No lugar de Clive Burr entrou Nicko McBrain, dando origem a formação clássica da banda.

Tracklist:
01. Where Eagles Dare
02. Revelations
03. Flight Of Icarus
04. Die With Your Boots On
05. The Trooper

06. Still Life
07. Quest For Fire
08. Sun And Steel
09. To Tame A Land

Nota: 9,5. Excelente.

A partir daqui, o Iron lançou três álbuns impecáveis, o trio sagrado da discografia da banda: Powerslave, Somewhere In Time e Seventh Son of a Seventh Son.

Powerslave (1984)
Na minha opinião e na de muitos, o melhor álbum de rock/metal já gravado. Heavy Metal puro, de tirar o fôlego, do começo ao fim. Simplesmente perfeito, todas as músicas são excelentes. Detalhe para a capa, que também é muito bonita.

Tracklist:
01. Aces High
02. 2 Minutes To Midnight
03. Losfer Words (Big’Orra)
04. Flash Of The Blade
05. The Duellists
06. Back In The Village
07. Powerslave
08. Rime Of The Ancient Mariner

Nota: 10. É a perfeição musical.

Somewhere In Time (1986)
Marca uma mudança na sonoridade da banda, que coloca sintetizadores no som. Apesar de ser beeem diferente, continua sendo FODA. Épico, empolgante, feeling absurdo.

Tracklist:
01. Caught Somewhere In Time
02. Wasted Years

03. Sea Of Madness
04. Heaven Can Wait
05. The Loneliness Of The Long Distance Runner
06. Stranger In A Strange Land
07. Deja-Vu
08. Alexander The Great

Nota: 9,9. 10 é só para álbuns perfeitos como o Poweslave. Esse não é, mas chega perto.

Seventh Son Of A Seventh Son (1988)

É um álbum conceitual, que conta a história do Sétimo Filho, um garoto com poderes e blá, blá, blá… História bem interessante, vale a pena pesquisar. (: Continua com a sonoridade sintetizada, e é igualmente do caralho. Último trabalho da formação clássica da banda, já que Adrian Smith deixou o grupo depois da tour.  Assim, foi o último registro do Iron Maiden em seus “Golden Years”.

Tracklist:
01. Moonchild
02. Infinite Dreams
03. Can I Play With Madness
04. The Evil That Men Do
05. Seventh Son of a Seventh Son

06. The Prophecy
07. Clairvoyant
08. Only The Good Die Young

Nota: 9,9, pelo mesmo motivo do Somewhere In Time.

Bom, depois desses três lançamentos maravilhosos, a qualidade dos álbuns decaiu bastante. O substituto do Adrian, Janick Gers (que é o meu guitarrista favorito of all times – sim, eu sou estranho.) até hoje é meio perseguido pelos fãs por isso, como se a culpa fosse dele. Puta mundo injusto, né? Enfim, continuando com a análise:

No Prayer for The Dying (1990)

Tenta voltar, de maneira frustrada, a sonoridade inicial da banda. Álbum de estréia do novo guitarrista. Na minha opinião, o trabalho mais fraco do grupo. Conta com uma música da carreira solo de Dickinson, ironicamente a melhor faixa do álbum, Bring Your Daughter To The Slaughter.

Tracklist:
01. Tailgunner
02. Holy Smoke
03. No Prayer For The Dying
04. Public Enema Number One
05. Fates Warning
06. The Assassin
07. Run Silent Run Deep
08. Hooks In You
09. Bring Your Daughter… To The Slaughter
10. Mother Russia

Nota: 5. Fraquinho, fraquinho.

Fear of The Dark (1992)
 
Álbum mais vendido da banda até hoje, talvez pelo som mais pop em músicas como Weekend Warrior, e, principalmente, Wasting Love. Ah! Por mais que xiliquem com ela, a faixa título fica F O D A ao vivo.

Tracklist:
01. Be Quick Or Be Dead
02. From Here to Eternity
03. Afraid To Shoot Strangers

04. Fear is the Key
05. Childhood’s End
06. Wasting Love
07. The Fugitive
08. Chains Of Misery
09. The Apparition
10. Judas Be My Guide
11. Weekend Warrior
12. Fear Of The Dark

Nota: 7.

Well, well… Depois do Fear of The Dark, Bruce Dickinson deixou o grupo para se dedicar exclusivamente a sua carreira solo.


No seu lugar, entrou Blaze Bayley. Os álbuns com ele são bem diferentes, mas eu, com esse gosto musical diferente que tenho, gosto MUITO deles.

The X-Factor (1994)

Mudança radical no som da banda, que fica bem sombrio, melancólico. Reflete o estado de espírito do Steve Harris, que tinha acabado de se divorciar e perdera seu pai. Álbum muitíssimo injustiçado,  acho eu.

Tracklist:

1. Sign Of The Cross
2. Lord of The Flies
3. Man On The Edge
4. Fortunes Of War
5. Look For The Truth
6. The Aftermath
7. Judgement Of Heaven
8. Blood On The World’s Hands
9. The Edge Of Darkness
10. 2 A.M.
11. The Unbeliever


Nota: 8.

Virtual XI (1998)

Já mais animado e direto que seu antecessor, foi o último da curta passagem de Blaze pela banda. É bem épico, com faixas longas e refrões grudentos.

Tracklist:
1. Futureal
2. The Angel and the Gambler
3. Lightning Strikes Twice
4. The Clansman
5. When Two Worlds Collide

6. The Educated Fool
7. Don’t Look To The Eyes Of A Stranger
8. Como Estais Amigos

Nota: 8.

Depois desse álbum, Bruce Dickinson volta e faz a banda viver uns breves ‘Silver Years’, com a popularidade lá em cima novamente, headliner de festivais mundo afora, lotando todos os shows em todos os lugares onde passasse. Os álbuns dessa última década nem foram tãããão bons, mas a volta do vocalista clássico evidentemente causou uma repercussão bem grande.

Brave New World (2000)

Esse álbum causou um frenesi enorme quando foi lançado, como já disse, mais pela volta do frontman do que pela música em si, mas isso não quer dizer que seja fraco. Pelo contrário! Ghost of The Navigator e Dream of Mirrors são duas das melhores faixas que o Iron já lançou em toda a carreira.

Tracklist:
1. The Wicker Man
2. Ghost of the Navigator
3. Brave New World

4. Blood Brothers
5. The Mercenary
6. Dream of Mirrors
7. The Fallen Angel
8. The Nomad
9. Out of the Silent Planet
10. The Thin Line Between Love And Hate

Nota: 8,5.

Dance of Death (2003)

Traz fortes flertes com o progressivo. Músicas longas e de 3 solos se fazem bastante presentes. Recheado de músicas épicas, é um álbum muito bom. Na minha opinião, o melhor do retorno de Dickinson até hoje. Detalhe para Journeyman, a única música totalmente acústica que o Maiden já lançou.

Tracklist:
1. Wildest Dreams
2. Rainmaker
3. No More Lies
4. Montsegur
5. Dance Of Death

6. Gates Of Tomorrow
7. New Frontier
8. Paschendale
9. Face In The Sand

10. Age Of Innocence
11. Journeyman

Nota: 8,5. Ótimo.

A Matter of Life And Death (2006)

Muito progressivo, muito cadenciado, cheio de introduções longas. Nada direto. Ainda assim, um bom álbum, apesar de não ter a cara do Iron Maiden. Músicas de três solos se tornam uma constante. Álbum carregado com uma atmosfera sombria, de guerra.

Tracklist:
01. Different World
02. These Colours Don’t Run
03. Brighter Than a Thousand Suns
04. The Pilgrim
05. The Longest Day
06. Out Of the Shadows
07. The Reincarnation of Benjamin Breeg
08. For The Greater Good of God

09. Lord Of Light
10. The Legacy

Nota: 7,5. Bom.

The Final Frontier (2010)

Segue a mesma linha do anterior, mas tem alguns sons com uma pegada hard rock, e a The Alchemist é o puro Iron dos anos 80. No geral, soa um pouco menos empolgante que o A Matter of Life And Death, talvez por não ter uma atmosfera tãoenvolvente.

Tracklist:
1. Satellite 15… The Final Frontier
2. El Dorado
3. Mother Of Mercy
4. Coming Home
5. The Alchemist
6. Isle Of Avalon
7. Starblind
8. The Talisman
9. The Man Who Would Be King
10. When The Wild Wind Blows

Nota: 7.

Bom, é isso. Não vou falar dos álbuns ao vivo (todos excelentes, destacadamente o Rock In Rio e o Live After Death), dos singles e das coletâneas, acho meio desnecessário. No mais, aproveitem aí a discografia dos deuses do metal, da maior banda de todos os tempos, dos deuses na terra, dos *insira vários elogios exagerados aqui*. Õ/

Por Rodrigo Menegat
 
Iron Maiden: análise da discografia Iron Maiden: análise da discografia Reviewed by Alexandre on 12:00 Rating: 5

Nenhum comentário

Social Buttons